Postado em: 05/02/2014
São Sebastião-04/02/2014 - A sessão da Câmara Municipal de São Sebastião desta terça-feira (04/02), a primeira de 2014, foi interrompida após um grupo de manifestantes entrar na Casa aos gritos de palavras de ordem contra o aumento do IPTU. Houve discussões com comissionados que estavam na galeria. Depois de mais de 15 minutos de manifestação e com os ânimos exaltados, o presidente Marcos Tenório (PSC) encerrou os trabalhos.
Antes da sessão, nas imediações da Câmara já circulavam alguns manifestantes e vários ocupantes de cargos comissionados da Prefeitura, além de um forte aparato de segurança, com viaturas da Polícias Civil e Militar e da Guarda Civil Municipal.
Após o início dos trabalhos legislativos, um grupo de manifestantes entrou pela porta principal da Câmara e se dirigiu à galeria, gritando palavras de ordem como “IPTU não pago não, é desrespeito ao cidadão”, “mãos ao alto, IPTU é um assalto” e “não nos representam”, se dirigindo aos vereadores. Durante o protesto, houve várias discussões entre manifestantes e comissionados, deixando o clima tenso, com trocas de ofensas. Por diversas vezes, a GCM teve de intervir. Depois de mais de 15 minutos, o presidente encerrou os trabalhos.
Os manifestantes foram para frente da Câmara, onde continuaram o protesto e decidiram realizar novo ato na sessão da próxima terça-feira. Já à noite, o presidente da Câmara recebeu um grupo de manifestantes, onde ficou definido que será formada uma comissão que apresentará os carnês de IPTU com aumentos abusivos para serem revistos. “Não é suficiente, mas vamos discutir com a comunidade e apresentar os carnês”, afirmou o presidente da Associação de Moradores de Barra do Una, Pedro Renato, que fez parte da comissão.
Presidente
Na saída da Câmara, o presidente Marcos Tenório justificou o encerramento da sessão. “Eu esperava que as pessoas fossem se manifestar por um tempo e depois permitiriam a continuidade dos trabalhos. Como isso não aconteceu e o clima estava ficando tenso, resolvi encerrar a sessão por uma questão de responsabilidade”. Sobre a reunião com a comissão de manifestantes, ele afirmou que os casos de aumentos gritantes serão levados ao prefeito. “Me comprometi a ir junto e, se for o caso, solicitar que seja feito um projeto de lei para corrigir as distorções”.