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Após 9 anos da aquisição e período de abandono, Aquabus é recuperado e passa por teste; serviço terá sistema de integração



Postado em: 25/04/2024


Nove anos depois de sua aquisição pela Prefeitura de Ilhabela e de um período de abandono em uma marina no município de Caraguatatuba, as três embarcações Aquabus voltaram ao mar nesta semana. Na última quarta-feira (24/4), o prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci, participou dos testes operacionais do Aquabus, que será o novo sistema de transporte aquaviário na cidade. 

A prefeitura informou que a operação iniciará "em breve", mas não confirmou a data. Os Aquabus farão o trajeto entre os píeres da Praia Grande, Barra Velha, Perequê, Engenho D’Água, Vila (Centro Histórico) e Ponta Azeda. “Os Aquabus foram abandonados em uma marina na cidade vizinha por mais de cinco anos, o que gerou a abertura de um processo judicial por parte da marina contra a Prefeitura de Ilhabela. Conseguimos reverter a situação e, em breve, vamos entregar para a cidade mais uma opção de transporte público de qualidade para nossos moradores e os turistas”.

Segundo a prefeitura, o novo sistema será acessível a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. As embarcações têm capacidade para aproximadamente 60 passageiros sentados, dispondo de sistema de ar-condicionado e TVs de tela plana.

O valor da passagem será igual ao do transporte urbano. A Prefeitura pretende oferecer um serviço integrado aos ônibus da cidade por meio do Bilhete Único.

As primeiras embarcações a entrar em operação são denominadas “Elpídio Sampaio” e “Edgar Lúcio”, em homenagem aos caiçaras que trabalharam no antigo sistema de travessia de lanchas entre São Sebastião e Ilhabela. A terceira, com o nome Zé de Alicio, começa a operar em seguida, após o término das manutenções necessárias.

A história do Aquabus

Compradas pela Prefeitura de Ilhabela em 2015 - penúltimo ano da segunda gestão do prefeito Toninho Colucci - por R$ 4,5 milhões, as três embarcações nunca entraram em operação. Um dos motivos era a necessidade de adaptação dos píeres para o embarque dos passageiros. 

Em 2019, o então prefeito Márcio Tenório sugeriu a cessão das embarcações à Dersa, o que não ocorreu. Posteriormente, ao assumir o governo, a ex-prefeita Gracinha Ferreira anunciou a realização de um estudo de viabilidade e um possível leilão, o que também não aconteceu. 

A marina onde as três embarcações estavam atracadas no Rio Juqueriquerê, em Caraguatatuba, entrou na justiça contra a prefeitura. Em 2022, já na terceira gestão do prefeito Toninho Colucci, um acordo com redução de 50% do valor solicitado pela marina foi anunciado, permitindo a manutenção e recuperação dos equipamentos. 



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