Postado em: 18/01/2017
A Prefeitura de São Sebastião esclarece que, no final da tarde de quarta-feira (17/0), foi encontrado um macaco morto no Guaecá e, diante do fato, técnicos da Secretaria Municipal de Saúde e do setor de Vigilância em Saúde já tomaram todas as medidas necessárias. O animal passou por necropsia, foram coletadas amostras e encaminhadas ao laboratório do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica Municipal ainda não se sabe o que motivou a morte do macaco que, inclusive, pode ter sido em decorrência de várias outras causas como, por exemplo, morte natural, atropelamento, eletrocussão, entre outras. A Prefeitura salienta que, até o presente momento, a cidade não registrou nenhum caso de febre amarela ou de óbitos em decorrência à doença e, por conta disso, segue com o calendário designado pelo Governo do Estado para a campanha de vacinação no período de 29 de janeiro a 17 de fevereiro.
A Prefeitura de São Sebastião informa ainda que não recebeu o lote com as doses fracionadas, a serem encaminhadas pelo Governo do Estado para o inicio da campanha. Por enquanto, a cidade conta com as doses da vacina não fracionada, para atender as pessoas que irão, nos próximos dias, fazer alguma viagem internacional ou para as chamadas zonas de risco.
Para estes casos as doses são aplicadas nas unidades do Canto do Mar, PSF Centro, Topolândia e Maresias. Neste caso, o cidadão precisa ir até a Unidade de Saúde com um comprovante desta viagem para que seja liberada a imunização antes da data prevista para o inicio oficial da campanha.
"A Secretaria Municipal de Saúde pede que a população fique tranquila e, qualquer informação sobre a causa da morte do animal será divulgada e imediatamente providenciada as ações pertinentes", diz a nota encaminhada pela prefeitura.
Vacinação contra Febre Amarela
Com a classificação de todo o Estado de São Paulo como área de risco de Febre Amarela, conforme anúncio da OMS (Organização Mundial de Saúde) na terça-feira (16/1), o Governo do Estado antecipou a vacinação fracionada em 54 municípios para o dia 29 de janeiro. São Sebastião e Caraguatatuba confirmaram a antecipação. Já em Ilhabela e Ubatuba a vacinação está mantida para o dia 3 de fevereiro, conforme apurou o Radar Litoral junto às prefeituras da região nesta tarde de terça-feira.
As secretarias municipais de Saúde aguardam informações do Estado sobre a possibilidade de antecipação. A Prefeitura de Ilhabela informou que a Secretaria de Saúde nos últimos dias trabalha no planejamento da campanha, visando atender a população com todas as informações necessárias a respeito da vacina e da doença.
A Secretaria de Saúde de Caraguatatuba lançou nesta terça o plano operacional para a campanha de vacinação contra a Febre Amarela, que começa no dia 29 de janeiro. Ao todo, 200 profissionais de saúde participarão da campanha. O objetivo é vacinar 95% da população.
A vacina tem contra indicações. "Pacientes em tratamento contra o câncer ou que tenham alergia grave a ovo, lactantes amamentando crianças menores de seis meses, pacientes em tratamentos com drogas imunossupressoras, pacientes transplantados, crianças menores de nove meses e pessoas com alguma doença febril aguda não podem ser vacinados", disse.
Em São Sebastião, a campanha começa já no dia 29 de janeiro e vai até 17 de fevereiro. Também haverá o chamado "Dia D", quando ocorre a mobilização de todos os postos, nos dias 3 e 17 de fevereiro.
Classificação da OMS
De acordo com a OMS, a classificação de todo o Estado como área de risco de febre amarela considerou o aumento da atividade do vírus. "Consequentemente, a vacinação contra a febre amarela é recomendada para viajantes estrangeiros que visitem qualquer área no estado de São Paulo", diz a OMS, em comunicado.
Já são 21 mortes por febre amarela silvestre no Estado de São Paulo, conforme divulgou a Secretaria Estadual da Saúde na última sexta-feira (12/1). De acordo com o Governo do Estado, os locais de infecção que resultaram em morte ocorreram nos municípios de Américo Brasiliense, Amparo, Atibaia, Batatais, Itatiba, Jarinu, Mairiporã, Monte Alegre do Sul, Nazaré Paulista, Santa Lucia e São João da Boa Vista.
Por ser uma doença de origem silvestre, o aparecimento de macacos mortos - picados pelo mosquito transmissor na mata - pode indicar a incidência da doença. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.
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