Postado em: 09/08/2017
Portuários de São Sebastião iniciaram, na manhã desta quarta-feira (9/8), uma greve de 24 horas por reposição salarial e manutenção de benefícios. O Radar Litoral acompanhou o manifesto dos trabalhadores em frente ao portão principal do Porto.
O presidente do Sindaport (Sindicato de Administração Portuária), João Andrade, informou que a paralisação segue até às 7h de quinta-feira (10/8). Segundo ele, as principais reivindicações são reposição da perda salarial de 2016, mantendo o acordo coletivo. "Foram feitas diversas negociações com a empresa, assembleia com trabalhadores, mas infelizmente a empresa não ofereceu nada. O Comdec, que é o orgão fiscalizador da Companhia Docas de São Sebastião, ressalta que houve zero de aumento. Querem mudar o plano de saúde, colocar co-participação, enfim, só tirar e não dar nada".
De acordo com o sindicalista, a adesão é geral. Cerca de 140 trabahadores estão parados nesta quarta-feira. Durante a manhã começaram a chegar ao porto caminhões de carga viva (gado), ocasionando trânsito próximo à área portuário. "Foi programado um navio e trocaram por carga viva pra ver se quebravam a greve. Os donos da carga estão preocupados não só com o trânsito, mas com a saúde dos animais", enfatizou.
Outro lado
O Radar Litoral conversou com o chefe de Operações do Porto, Matheus Draxler Damazio, que estava no local. Ele pediu para a reportagem entrar em contato com a assessoria de imprensa.
Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual dos Transportes informou que "em relação à greve que està ocorrendo nesta manhã por funcionários do Porto de São Sebastião, a Companhia Docas de São Sebastião entende que é um direito dos funcionários discutir a questão do dissídio salarial. A CDSS esclarece que vem tomando medidas de redução de despesas desde 2014 para se adequar a atual situação econômica do país. Vale ressaltar que todas as operações portuárias estão mantidas, independente da greve".