Postado em: 20/07/2017
O prédio inacabado do futuro Hospital da Costa Sul (HCS), em Boiçucanga, deverá ser transformado em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) qualificada. A afirmação foi feita pelo secretário de Saúde de São Sebastião, Henrique Simões, durante entrevista ao Litoral Agora, programa jornalístico do Radar Litoral na Maresias FM (98.5).
Na entrevista de balanço dos seis meses das atividades de Saúde, o secretário afirmou que o município tem uma média de 107 partos por mês, a grande maioria na Costa Sul, que precisa contar com um dispositivo de saúde.
“O projeto é que o HCS se transforme numa UPA qualificada, agregando serviços ambulatoriais, como serviços de atendimento à mulher, à criança e ao idoso e base do SAMU. Dessa forma, teríamos o atendimento ambulatorial de atenção básica durante o dia e a UPA no regime de 24 horas e possivelmente uma PPP (Parceria Público Privada) para a maternidade”, explicou o secretário.
Segundo Simões, em qualquer parâmetro assistencial do SUS, não há possibilidade de ter um segundo hospital. “Essa é uma ideia de sustentabilidade. É possível ter uma UPA com financiamento. Se for um hospital, o Município terá de arcar com todos os custos”.
Sobre prazos, o secretário explicou que a empresa que fez a obra solicitou uma perícia judicial e a Prefeitura aguarda a emissão do laudo pericial para poder retomá-la o mais rápido possível. “É determinação do prefeito Felipe Augusto terminar todas as obras que recebeu inacabadas”.
UPA do Centro
Sobre a UPA do Centro, fechada desde o início de janeiro, o secretário afirmou que a obra é de responsabilidade da mesma empresa do HCS e também passou por perícia judicial. ”Havia um problema de ordem sanitária que trazia riscos à população. Foi feita a correção. A UPA voltará a funcionar tão logo sejam concluídas as licitações”. Ele estimou que isso ocorra dentro de aproximadamente 60 dias.
Hospital do Centro
Sobre melhorias no Hospital do Centro, o secretário afirmou que há duas possibilidades em estudo: a construção de um novo prédio por meio de PPP ou a reforma do atual. Se a opção for a construção, o Estado doará o prédio atual para ser transformado em um grande ambulatório de especialidades. Em qualquer um dos casos, a proposta é fazer uma maternidade.
Com relação à intervenção, ele informou que a Fundação deverá assumir o Hospital dentro de aproximadamente 60 dias e que os bons funcionários serão preservados.
Sobre as dívidas do Hospital, apresentadas na prestação de contas da saúde, que chegam a R$ 66 milhões, afirmou que muitas já foram financiadas e será feito o parcelamento de outras. O secretário garantiu que a Fundação de Saúde vai fazer a regularização para assumir o hospital.
Henrique Simões abordou ainda diversos outros assuntos, com ampliação do atendimento odontológico e de horários de atendimento em alguns postos de saúde. Ele anunciou para breve a chegada de 12 novos veículos para o PSF e pediu que a população faça eventuais reclamações pela Ouvidoria da Saúde – 0800-770-0029. “Neste canal, as pessoas registram a reclamação e eu mesmo dou o retorno à população. A Ouvidoria é um instrumento de gestão da secretaria de Saúde”, concluiu.
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