Construtora Queiroz Galvão recebe grupo de funcionários e sindicato para discutir reivindicações e convenção coletiva



Postado em: 21/06/2017


A Construtora Queiroz Galvão Brasil recebeu, na última terça-feira (20/6), um grupo de funcionários das obras da Rodovia dos Tamoios e Contorno de São Sebastião e também representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Infraestrutura (Sintrapav-SP). Na pauta do encontro foram discutidos os termos da Convenção Coletiva do Trabalho e os diferentes pontos de vista e expectativas.

Segundo a empresa, também foi abordado o tema compensação dos dias perdidos durante a recente paralisação. Apesar da nova Convenção Coletiva da categoria estar vigente desde maio, definindo, entre outros compromissos, o índice de reajuste salarial para toda a categoria de trabalhadores da construção pesada do estado de São Paulo, os funcionários e sindicato questionam os valores e benefícios acordados. 

A reunião foi um compromisso assumido pela CQG e pelos funcionários após decisão da Justiça do Trabalho de Campinas, que determinou, em 29 de maio, o retorno dos trabalhadores às atividades após seis dias de paralisação nos canteiros de obras. Também por determinação da Justiça, uma audiência entre a Construtora, sindicato e trabalhadores será realizada no dia 13 de julho para verificar se as partes chegaram a uma conciliação, caso contrário a ação será levada a julgamento.

Durante a reunião, a comissão apresentou, entre outras solicitações, índice de reajuste salarial correspondente a 15%; vale-alimentação de R$ 600; extensão do plano de saúde a cônjuges e dependentes; além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) mínimo de R$ 3,4 mil. Os representantes também reivindicaram folga antecipada no dia do pagamento; cesta natalina de R$ 600,00; convênio odontológico e avaliação do formato de compensação dos dias paralisados entre 23 e 29 de maio.

A Construtora Queiroz Galvão Brasil informa que o índice de reajuste válido hoje para a toda a categoria dos trabalhadores da construção pesada no estado de São Paulo é 3,99%. O percentual foi definido na Convenção Coletiva do Trabalho, em maio, como dissídio para o período de 1º de maio de 2017 a 30 de abril de 2018. Segundo a construtora, o índice corresponde à variação do INPC, acumulado de maio de 2016 a abril de 2017, ou seja, a aplicação deste índice, com a concordância do sindicato, visa evitar a perda salarial dos trabalhadores em relação a inflação.

Atualmente, o vale-alimentação praticado na obra é no valor de R$ 360, segundo a empresa, mais de três vezes superior ao determinado na Convenção Coletiva. Além disso, a construtora afirma que já pratica participação nos lucros 40% superior ao limite mínimo. Uma nova reunião será agendada entre as partes em breve.



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