Divulgação/Ibama
Postado em: 09/03/2016
Mais duas embarcações atuneiras, pertencentes à frota industrial da modalidade “Vara e Anzol com Isca Viva” foram apreendidas e multadas pelo Ibama por capturar isca viva em local proibido, na região do Parque Estadual de Ilhabela.
Resultado de uma parceria da Unidade Avançada do Ibama em Caraguatatuba com a Fundação Florestal de São Paulo e atuação em conjunto com a Unidade Avançada do IBAMA em Itajaí (SC) a ação faz parte das competências da União no exercício do controle ambiental da pesca em âmbito nacional ou regional, conforme Lei Complementar nº. 140/2011
A embarcação Skiper II já havia sido flagrada durante a captura de isca viva, no caso, a sardinha-verdadeira, no local conhecido como Porto da Toca, na Praia do Bonete, em Ilhabela. Já as embarcações Alalunga II e Ferreira XXV foram abordadas durante o desembarque do produto da pescaria em Santa Catarina.
A Skiper II, com porto no Rio de Janeiro, recebeu multa de R$ 11 mil e as sardinhas vivas, cerca de 300 kgs, foram liberadas ao mar. Alalunga II e Ferreira XXV, monitoradas através do Sistema PREPS (Rastreamento de Embarcações Pesqueiras por Satélite ), pescaram sardinha em São Paulo e navegaram ate uma área de pesca de atuns e afins no litoral do Estado do Rio Grande do Sul, próximo à divisa com o Uruguai, e ao aportarem em Itajaí/SC, local de origem de ambas, foram abordadas por equipe do ESREG/Itajaí.
Alalunga II pescou 16,7 toneladas de bonito-listrado, utilizando aproximadamente 600 Kg de isca viva, foi autuado em R$ 348 mil. Já a Ferreira XXV pescou 14,2 toneladas de bonito-listrado, utilizando aproximadamente 600 Kg de isca viva, foi autuado em R$ 296 mil.
.Com a pressão da pesca, a sardinha vem sofrendo nas últimas décadas grande redução de estoque. Além do consumo humano, a espécie é utilizada como isca viva para a pesca industrial de atum. Nos casos em que a captura ocorre em local proibido, as embarcações e os peixes obtidos com as iscas serão apreendidos e os proprietários multados.
O Parque Estadual de Ilhabela é de responsabilidade da Fundação Florestal de São Paulo. Com 27.025 hectares, a unidade de conservação abriga doze ilhas, três ilhotes, três lajes e um parcel. A Mata Atlântica, a restinga e os manguezais servem de refúgio para centenas de mamíferos, répteis e aves. Muitas das espécies são endêmicas, como o rato cururuá. Outras estão ameaçadas de extinção, como a tartaruga-de-pente.
