Colucci afirma que vai propor reforma administrativa e fala das dificuldades da atual estrutura da prefeitura



Postado em: 11/01/2021


Em entrevista ao Jornal da Morada (95,5), na manhã desta segunda-feira (11/1), o prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci (PL), afirmou que irá propor um projeto de reforma administrativa, o qual deverá contemplar três novas secretarias, previstas em seu plano de governo. “É impossível administrar a cidade do jeito que está hoje, sem diretores, sem assessores. Tenho os secretários, que são 13, e quatro adjuntos”, enfatizou o prefeito. Ele também citou que irá convocar a empresa contratada por R$ 500 mil pela gestão passada para a elaboração da proposta.

Toninho Colucci disse que pretende utilizar o quadro de funcionários para o preenchimento de vários cargos, cerca de 250 servidores. Na entrevista, Colucci informou que irá convocar o escritório contratado pela gestão passada para que apresente a proposta de reforma. “Estamos retomando as conversas com o escritório que foi contratado e que a pagaram meio milhão de reais para elaborarem a reforma administrativa. No meu plano de governo, me comprometi a criar três novas secretarias: segurança pública, pesca e agricultura e de habitação. Precisamos discutir tudo isso. Estamos chamando o escritório, pois já pagaram eles. Vou mostrar a reforma administrativa que fizemos na minha época, que pagamos R$ 30 mil para a elaboração, e que passou pela Câmara”. 

Conforme reportatem do Radar Litoral, em setembro de 2018, ainda na gestão do ex-prefeito Márcio Tenório, o Tribunal de Justiça do Estado acatou uma ação direta de inconstitucionalidade sobre a reforma administrativa apresentada pelo governo e aprovada pela Câmara em 2017. O projeto previa a estrutura administrativa da prefeitura com 473 cargos disponíveis, sendo 50% obrigatório para concursados (servidores de carreira) e 50% de livre nomeação. Contudo, a Lei Complementar foi questionada pela Procuradoria Geral do Estado, culminando na decisão do TJ/SP.

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Ele fez um balanço da primeira semana de gestão. “Começamos a enxergar o tamanho do problema. Encontrei uma situação pior que imaginava. Cidade abandonada, não só os espaços públicos, como a administração pública. Não tinha comando, as secretarias agiam de forma independente. Todos os prédios públicos muito sujos, o Paço Municipal estamos pensando em contratar uma empresa para limpar janelas, limpar o Paço”.

Colucci citou falta de materiais de limpeza no almoxarifado da saúde e falta de merenda para a retomada das aulas. Segundo ele, tais problemas estão sendo resolvidos com compras emergenciais.

Em relação à paralisação de 30 obras, o prefeito informou que algumas já estão sendo liberadas, como a contenção de encosta no Piúva, a reforma das escola da Vila e Eurípedes Ferreira, na Barra Velha. “Vamos liberar obras de acesso no Pacuíba. Vamos olhar planilha por planilha”.

Ainda durante a entrevista, o prefeito de Ilhabela falou sobre o cancelamento de desapropriações de imóveis no município. “Muitas das desapropriações, nem o cadastro da prefeitura tem documentos de imóveis adquiridos nos últimos 90 dias. Não sei o intuito, feito às pressas. Pedimos levantamento dos recursos. A área do Galera é uma delas, complicada ambientalmente, onde desapropriam por R$ 17 milhões e vem uma avaliação de R$ 7 milhões”, citou.

O prefeito ainda falou novamente sobre a suspensão do contrato de tendas e estruturas. “Ilhabela nacionalmente conhecida como Capital da Vela, parecia a Capital da Tenda. Não tem porque, estamos colocando a casa em ordem. Era tenda, painel de led e trave para colocar faixa. Mandei limpar os lugares, a Vila estava um horror, em volta do Centro Cultural, na Praça Coronel Julião. O pseudo hospital de campanha, aquilo era um circo. Sem nenhuma norma sanitária, divisórias de festa de quermesse. Meu mestrado é em saúde pública, fiz administração hospitalar, essa é minha área. Quando vi aquela instalação fiquei horrorizado. Gastaram R$ 900 mil numa locação desnecessária”, declarou o prefeito de Ilhabela.

De acordo com Toninho Colucci, uma estrutura de 12 a 20 leitos já foi disponibilizada. “Podemos ainda remover o Capi, para uma eventual necessidade de ampliação dos leitos hospitalares, com condições sanitárias adequadas. A situação do Covid é grave, então já estamos preparando, nos próximos sete dias este espaço estará pronto, espero que não precise ser utilizado”.

Ao encerrar a entrevista, Colucci reafirmou o início das aulas no dia 21 de janeiro. No dia 18 já haverá reunião de professores. De início, as aulas terão sistema de rodízio e também ocorrerão aos sábados.



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