Postado em: 28/09/2015
Uma reunião realizada na tarde desta segunda-feira (28), na sede da Companhia da Polícia Militar de São Sebastião, reiterou o compromisso firmado na última semana entre representantes da Queiroz Galvão e da comissão de trabalhadores que reivindicam a contratação de mão de obra local nas obras do contorno sul. Todas as vagas solicitadas ao PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) serão encaminhadas também à comissão e será dado um retorno ainda nesta segunda-feira sobre a situação daqueles profissionais que fizeram o exame médico e não tiveram retorno.
Desta feita, a reunião, que contou com representantes do PAT, foi coordenada pelo comandante do 20º Batalhão da Polícia Militar, major Adalto Martins da Silva.
Ao abrir os trabalhos, o comandante afirmou que o objetivo era entender o que estava acontecendo e ajudar todas as partes. “Mas esta é a última reunião que fazemos. E depois disso, vamos atuar de maneira diferente em relação ao conflito no campo. Vamos levar as partes à Delegacia e cada um assumirá suas responsabilidades”.
O subcomandante do Batalhão, major César Eduardo Ferreira, disse que a função da PM é fazer cumprir a lei.
A comissão dos trabalhadores voltou a falar sobre a reivindicação de que a Queiroz Galvão cumpra a lei que exige que 70% da mão de obra seja local. Foi citado o caso específico de apontador e que haveria uma pessoa de Paraibuna atuando no Morro do Abrigo e no grupo há pelo menos dois da cidade que estão desempregados.
As representantes a Prefeitura, a secretária adjunta do Trabalho e Desenvolvimento Humano, Ana Margarida Freire, e a diretora do Departamento de Relações de Emprego e Trabalho, Annie Mello de Aguiar, explicaram o sistema de funcionamento do PAT e que o encaminhamento dos profissionais é feito de acordo com o descritivo encaminhado pelas empresas.
O gerente de produção da Queiroz Galvão, Rodrigo Marota Makassian, reiterou o compromisso já firmado na semana passada em reunião realizada na empresa, de que os pedidos de contratação de pessoal encaminhados ao PAT serão repassados também à comissão e de que ainda nesta segunda-feira dará um retorno aos trabalhadores que já fizeram o exame médico. Este presente também o gerente administrativo da empresa, Fabrício Griebeler, além de outros profissionais.
O tenente Eduardo Gonsales, da PM, que participou da reunião anterior, destacou que a Queiroz Galvão está sendo bem transparente com a medida, mas ressaltou a necessidade da contrapartida da comunidade, de não impedir o acesso de trabalhadores e a circulação de veículos, caso contrário, se caracterizará uma quebra de confiança.
O comandante Adalto da Silva, no encerramento da reunião, sugeriu que os trabalhadores constituam um advogado para eventuais demandas e destacou que os protestos feitos de proibir o acesso de trabalhadores ou retirá-los do local de trabalho, violam itens do Código Penal, caracterizando violação a domicílio, atentado contra o direito ao trabalho e sabotagem. “A partir de agora, vamos levar as partes para a Delegacia e o delegado resolverá o que fará", afirmou o major.
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