Márcio França diz que filiados podem definir o posicionamento do PSB nas eleições municipais em São Sebastião



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O vice-governador Márcio França, presidente estadual do PSB, que recentemente esteve no Litoral Norte, em entrevista exclusiva ao RADAR LITORAL, afirmou que não há uma definição sobre o rumo que o partido tomará em São Sebastião nas eleições municipais do ano que vem. Segundo ele, como há divergências de posicionamento, a decisão pode sair de uma votação dos filiados.

Confira a íntegra da entrevista:

RADAR LITORAL - Qual a avaliação que o sr. faz da sua atuação como vice-governador

MÁRCIO FRANÇA - Foi um ano bem difícil pela grave crise de água que assustou todo mundo, depois a situação financeira do país e a tragédia pessoal na vida do governador. Mas ele, com muita garra e determinado, conseguiu superar tudo isso e colocar o estado de pé, o que é difícil na situação atual. Fez cortes importantes e teve um superávit de R$ 5 bi no ano passado. Isso permite dar sequência nas obras, mas claro que num ritmo mais lento do que gostaríamos.

A duplicação do trecho de planalto da Rodovia dos Tamoios foi uma obra importante e cara. O hospital regional que será construído em Caraguá terá um investimento de quase R$ 70 milhões. São obras que marcam a região de forma definitiva. Mas tem muito mais para ser conquistado e temos de trabalhar para isso.

RL – A região reclama sobre a redução de investimentos no saneamento básico, importante para a indústria do turismo.

MF - Temos de retomar. Vamos brigar para que não tenha a redução ou que possa ser feita em outros lugares. Como a Sabesp teve de criar o bônus (para quem reduzisse o consumo de água), apertou as finanças da empresa e teve de diminuir o ritmo das obras. Mas eu não creio que o Brasil vai ficar assim para sempre. Quando passar este ano, no máximo até o meio do ano, acredito que o país volte a crescer e as obras sejam retomadas no seu ritmo normal.

RL - Como o sr. trabalha com a possibilidade de assumir o governo do estado?

MF - A nossa prioridade é a candidatura do Alckmin a presidente. É um homem preparado, maduro, experiente. Tem uma retidão que até os adversários reconhecem. Ele é estável. O Brasil vive uma instabilidade de euforia, depressão, euforia depressão... Ninguém aguenta mais essa montanha russa. Queremos uma coisa mais reta e é o perfil dele. É um homem de 64 anos, experiente e pode ser um grande candidato. É claro que, se ele fizer a sua parte e nós queremos ter a condição de ajuda-lo, que é a prioridade, teremos a honra de assumir o governo do estado.

RL - Este evento do PSB dá um start na corrida eleitoral na região e especialmente em São Sebastião?

MF – Eles (em São Sebastião) têm posições divergentes. Eu conversei com o prefeito Ernane Primazzi, com o Felipe Augusto, vi o Juan presente. O diretório local que tem de decidir. Se há divergências, a decisão deve ser tomada na hora certa pelos votos dos filiados. Em nível estadual, nos temos uma parceria com o PPS, PV, DEM e PSD. A somatória equivale ao tamanho do PMDB quanto ao tempo de televisão. Uma somatória que vai decidir apoiar o governador Geraldo Alckmin para presidente. Vamos tentar fazer com que ela se repita em todo o estado.

Em São Sebastião, o prefeito é do PSC, outro pré-candidato é do PSDB. O Juan é do PMDB, o Luizinho é do PPS.

Eu não interfiro diretamente para que a pessoa apoie este ou aquele. Eu faço pesquisa, avalio as pessoas e eles vão ter que decidir.

RL – Então não existe esta relação de que a chapa majoritária no governo do estado tem que se repetir na cidade?

MF - Não porque, no nosso caso, o governador Geraldo Alckmin dá muita liberdade. Até porque, o PSC também faz parte do governo dele. Não há uma obrigatoriedade. Eu tinha conversado até então com o Felipe Augusto que ofereceu que o partido indicasse o candidato a vice-prefeito. É uma honra. É um menino que teve uma votação alta e tem suas qualidades. Mas eu acho que é uma decisão que o diretório local terá de tomar. 



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