Fim da greve no Imprensa Livre; empresa efetua pagamento de salários



Postado em: 01/04/2014


 

São Sebastião - 01/04/2014 - Em nova assembleia realizada na tarde desta terça-feira (01/04), os trabalhadores do Jornal Imprensa Livre, o mais antigo diário impresso do Litoral Norte, decidiram encerrar a greve após a confirmação do pagamento de salários atrasados. A greve foi iniciada na última sexta-feira (28/3) e pelo menos três edições do periódico deixaram de circular.

Na próxima segunda-feira (7/4) haverá outra reunião entre funcionários e diretores da empresa. O objetivo, segundo representante do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, é discutir as questões de direitos trabalhistas e PLR. 

A greve
Após o atraso de pagamento de salários por quase 30 dias, a decisão pela greve foi tomada em assembleia realizada na sexta-feira (28/3), na presença da maioria dos funcionários, representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo e o apoio oficializado do Sindicato Gráficos.
Segundo a entidade, esta não é a primeira vez que a empresa atrasa o salário de seus funcionários por mais de 20 dias. Desde agosto do ano passado, o Sindicato dos Jornalistas vem buscando junto à direção da empresa uma solução para o caso, porém das três audiências convocadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, em apenas em uma delas um diretor compareceu.
“A greve não é por aumento de salário ou melhores condições de trabalho e sim apenas por um direito de receber pelo que produziram, ou seja, o seu pagamento mensal. Não é a primeira vez que a direção atrasa o pagamento por mais de 20 dias e desta vez o salário chegou a atrasar por quase 30 dias. De todos os salários que vem atrasando ao longo dos anos, nenhum contou com pagamento de multa ou juros”, defende a Diretora da Base Litoral Norte do SJSP, Vanessa de Paula.
O Sindicato dos Jornalistas solicitou formalmente ao Ministério do Trabalho, no dia 27 de janeiro, a realização de uma fiscalização junto ao Jornal Imprensa Livre. Porém até o momento a fiscalização não ocorreu. Os motivos apresentados são: constantes atrasos no pagamento do salário, falta de pagamento da Participação de Lucros prevista pela Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, atraso de FGTS e INSS.
Mesmo depois de duas demissões de jornalistas, os donos da empresa não haviam apresentado um plano de regularização de recolhimento dos benefícios com a definição de prazos. “Não é de agora que o Sindicato dos Gráficos não mede esforços para tentar solucionar inúmeras irregularidades que esta empresa tem, inclusive com ações da Justiça. O que chama a atenção é o apoio e adesão de todas as áreas da empresa”, citou o diretor do Sindicato Profissional dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas, Sandro Carvalho.

 



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