Ronald Kraag

Prefeito de Ilhabela reitera cobranças por melhorias na travessia e recebe garantia da Dersa de funcionamento pleno no feriadão



Postado em: 10/10/2018


Diante de manifestações sindicais sobre uma possível "Operação Tartaruga" na travessia de balsa no feriadão, o prefeito de Ilhabela, Márcio Tenório, em contato com a diretoria da Dersa, em São Paulo, recebeu no final da tarde de terça-feira (9/10) a garantia do pleno funcionamento e que não haverá paralisação do serviço. Em nota oficial emitida ainda durante a noite, a Prefeitura de Ilhabela salientou que o Governo do Estado  manteve reunião com o Sindmestres (Sindicato Nacional dos Mestres de Cabotagem e dos Contra-Mestres em Transportes Marítimos) e assegurou que as reivindicações da categoria serão atendidas tão logo seja finalizado o processo licitatório para a contratação de empresa operadora, o que deve ocorrer em 15 dias.

Na nota, a prefeitura salienta que, anda de acordo com as autoridades estaduais, após essa reunião ficou acertado que não haverá paralisação neste feriado prolongado, conforme divulgado em material distribuído pelo sindicato. Márcio Tenório recebeu a informação de que o Governo Estadual, por meio dos secretários da Casa Civil, Aldo Rebelo, e de Logística e Transportes, Mario Mondolfo, tomou todas as providências necessárias para evitar a paralisação. Ele reiterou que acompanhará de perto todo o processo que objetiva melhorar a qualidade de serviço aos usuários da travessia.

O prefeito disse ainda que espera que a questão seja resolvida dentro do direito democrático, mas que "o Governo Estadual reconheça a precariedade desse serviço, que está prejudicando a saúde física e mental (emocional), dos funcionários". Ele reafirmou sua posição em defesa da melhoria das condições de trabalho das equipes da travessia e do transporte dos passageiros.

Quebra de caminhão

No início da noite de terça-feira, o prefeito foi informado sobre a quebra de um caminhão de transporte de material de construção, no flutuante do continente (São Sebastião), o que dificultou ainda mais a travessia, causando mais transtornos aos trabalhadores e estudantes. Após ser informado da ocorrência, Tenório cobrou do diretor de Operações, o restabelecimento do serviço. 

Nota da Dersa

 

O Radar Litoral também entrou em contato com a Dersa. Em nota, a Dersa - Desenvolvimento Rodoviário S/A informou que na terça-feira (9/10) recebeu em sua sede, em São Paulo, representantes de dois sindicatos que representam a categoria dos marítimos, Sintagre e Sindmestres. O objetivo foi esclarecer às entidades o processo licitatório que está em andamento e que irá definir a nova empresa prestadora dos serviços de operação nas Travessias Litorâneas do Estado de São Paulo.

Segundo a empresa, "os marítimos que atuam nas travessias administradas pela Dersa são contratados pela empresa que presta serviços de operação. Por esta razão, as negociações trabalhistas são conduzidas diretamente entre empregados e empregador, sem envolvimento da Dersa que por sua vez, exige de todas as suas contratadas o cumprimento integral das leis trabalhistas, bem como o respeito aos direitos e às boas condições de trabalho".

"A companhia também aproveitou a ocasião para dialogar, em especial, com o Sindmestres que, nesta semana, manifestou a intenção de provocar uma paralisação ou "operação tartaruga" na Travessia São Sebastião/Ilhabela, caso as exigências da categoria não fossem atendidas. Diante do que foi conversado, o sindicato assegurou que estas ações não serão concretizadas", diz a nota. A Dersa salienta ainda que respeita o direito fundamental à liberdade de expressão e manifestação pública, mas entende que os milhares de usuários que dependem deste serviço, diariamente, não podem ser prejudicados. Assim, a empresa Internacional Marítima foi notificada, para que garanta o pleno funcionamento da travessia durante o feriado prolongado.

Sobre o funcionamento das balsas, a Dersa aponta que "não procedem as informações de que as embarcações têm operado com apenas dois motores, algo que é totalmente proibido pela Autoridade Marítima. Todas as embarcações da Companhia passam por constantes manutenções preventivas, são fiscalizadas periodicamente pela própria Marinha e, portanto, estão operando devidamente certificadas".

 



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